Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Universidade convive ainda, desde o começo do ano, com contingenciamento de valores por parte da União

Parte dos servidores da Sulclean - empresa que presta serviços terceirizados à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) - buscou a reportagem do Diário nesta terça-feira para falar de atraso no pagamento de benefícios - como vales (alimentação e refeição).
A empresa mantém, desde março deste ano, um contrato para demandas do campus principal, em Camobi, e nos demais campi da instituição. Acontece que esses funcionários afirmam que não tiveram depositado o valor referente ao benefício. A Suclean atende às demandas de vigilância, portaria, recepção, limpeza, manutenção, entre outros.
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Conforme o pró-reitor de Administração, José Carlos Segalla, não houve atraso no repasse por parte da universidade à empresa, que fica em R$ 1,9 milhão por mês. Segundo ele, o que pode ter ocorrido é uma demora na entrada das notas da prestação de serviços. O que, por conta disso, impacta na liberação do financeiro para pagamento.
Em função da alteração do contrato, que ocorreu no começo do ano, quando a universidade passou a exigir uma comprovação maior dos serviços executados pela empresa, houve, sim, uma demora na liquidação do que fora prestado nos meses de abril e maio. Essa situação - por ter ocorrido uma demora da Suclean na emissão das notas - levou a UFSM a liquidar os valores apenas no fim do mês passado. A Pró-Reitoria de Administração afirma que todos os pagamentos foram efetuados à empresa.
LICITAÇÃO
Ainda no final de fevereiro, a UFSM abriu uma licitação para a contratação de uma terceirizada para as demandas da instituição. Após o processo licitatório, a Suclean - que já atendia à universidade desde 2014 - venceu a disputa. Agora, nesta nova formatação de contrato, a universidade hierarquizou serviços e otimizou o que deve ser priorizado. Ou seja, prédios com menos fluxo passarão a ter uma diminuição de serviços de limpeza, por exemplo, e ainda a instituição tem uma economia de R$ 4 milhões com essas alterações.
O Diário ligou ao longo de toda a tarde desta terça para a sede e para o celular do diretor administrativo da Sulclean, Marlus Tombesi, que não atendeu às ligações da reportagem.